Dr. Ruimário Machado Coelho, urologista
Calor provoca maior perda de água e reposição é essencial para evitar o problema
Conhecida como "pedra no rim", a litíase ou cálculo renal tem um aumento significativo no verão. "Neste período, devido à perda de líquido pela transpiração, e a consequente diminuição da quantidade de urina produzida pelos rins (diurese), a incidência pode aumentar em até 20%", relata o urologista Ruimário Machado Coelho.
No verão, a urina fica mais concentrada e a possibilidade de formar cálculos aumenta. "Por isso, quanto mais quente estiver, maior a perda de água por outros órgãos, que não os rins, e maior a necessidade de ingerir líquidos", explica. Ele lembra que o ideal é que essa ingestão seja homogênea durante as 24 horas. "Tomar um pouco de água durante a noite, se a pessoa acordar por algum motivo, ajuda de forma significativa", destaca o médico.
O problema, que atinge mais homens que mulheres, causa dores agudas e intensas e acomete qualquer ponto do aparelho urinário constituído pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. Não há uma faixa etária na qual os cálculos sejam prevalentes, mas a incidência vai aumentando à medida que as pessoas envelhecem.
Segundo o urologista, a litíase é a associação de várias doenças. "Geralmente, a pessoa que está com cálculo renal apresenta também algum distúrbio metabólico que faz com que os cristais - normalmente eliminados pela urina - se precipitem e formem a pedra", explica. Algumas são decorrentes do excesso de ácido úrico ou oxalato de cálcio na urina, de infecções urinárias de repetição, da falta de citrato ou por causa de uma doença chamada "cisteinúria". Em mais de 50% dos casos, tanto em homens quanto em mulheres, as pedras são formadas por oxalato de cálcio.
Quando o cálculo se encontra no parênquima (tecido do rim) não costuma apresentar sintomas, mas quando vai para a parte central, onde estão os tubos coletores, ou para os ureteres pode provocar dor de forte intensidade, conhecida como cólica renal, que requer cuidados médicos. Trata-se de uma dor lombar alta, unilateral, pois raramente se manifesta nos dois lados das costas. Diferente da dor crônica, aquela que se instala por dias ou semanas, irradia-se pela região lateral do abdômen, pela pelve e alcança os genitais, à medida que o cálculo progride pelas vias urinárias. "A posição ou o movimento do corpo não influenciam no aparecimento nem na intensidade dessa dor", ressalta Ruimário.
Diagnóstico - As pedras no rim são diagnosticadas pelo padrão e pela localização da dor durante a crise, juntamente com os sintomas associados, como náuseas, vômito e sangue na urina. Os testes para o diagnóstico normalmente incluem exames laboratoriais, Raio-X do abdômen e uma ecografia (ultrassom), que mostrarão a anatomia e a drenagem do trato urinário. Outros testes, como a Urografia Excretora ou Tomografias Computadorizadas, também podem ser indicadas para verificar possíveis complicações causadas pelo cálculo.
Feito o diagnóstico, recomenda-se uma avaliação metabólica, porque a abordagem terapêutica e o prognóstico podem ser diferentes de acordo com o tipo de cálculo.
Tratamento - Nem todos os cálculos urinários requerem tratamento. Pessoas que possuem cálculos sem obstrução ou dano ao sistema urinário podem ficar apenas "em observação". Entretanto, estas pedras podem causar dores severas até que sejam eliminadas pela urina.
Prevenção - Para evitar a formação de novos cálculos, pode-se recorrer a tratamentos com ou sem medicamentos. Se o paciente tiver algum distúrbio metabólico, mudar os hábitos alimentares pode ser a melhor solução. Alguns fatores dietéticos estão relacionados com a maior produção de cálculos renais. "Reduzir a ingestão de sal tem efeito benéfico", destaca o urologista. A mesma coisa acontece com as proteínas: dieta hiperproteica favorece o aparecimento de pedras nos rins. "Todos sabem, mas é sempre bom lembrar que é preciso beber muito líquido, de dois a três litros por dia, o necessário para urinar pelo menos dois litros e evitar a formação das pedras", enfatiza.
Sobre o especialista: Dr. Ruimário Machado Coelho é formado em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), fez residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Heliópolis, em São Paulo (SP), residência médica em Urologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Fellowship em Andrologia e Infertilidade Masculina - Instituto H Ellis / Projeto ALFA, membro ativo da American Society of Andrology (ASA) e membro da International Society for Fertility Preservation (ISFP).
No verão, a urina fica mais concentrada e a possibilidade de formar cálculos aumenta. "Por isso, quanto mais quente estiver, maior a perda de água por outros órgãos, que não os rins, e maior a necessidade de ingerir líquidos", explica. Ele lembra que o ideal é que essa ingestão seja homogênea durante as 24 horas. "Tomar um pouco de água durante a noite, se a pessoa acordar por algum motivo, ajuda de forma significativa", destaca o médico.
O problema, que atinge mais homens que mulheres, causa dores agudas e intensas e acomete qualquer ponto do aparelho urinário constituído pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. Não há uma faixa etária na qual os cálculos sejam prevalentes, mas a incidência vai aumentando à medida que as pessoas envelhecem.
Segundo o urologista, a litíase é a associação de várias doenças. "Geralmente, a pessoa que está com cálculo renal apresenta também algum distúrbio metabólico que faz com que os cristais - normalmente eliminados pela urina - se precipitem e formem a pedra", explica. Algumas são decorrentes do excesso de ácido úrico ou oxalato de cálcio na urina, de infecções urinárias de repetição, da falta de citrato ou por causa de uma doença chamada "cisteinúria". Em mais de 50% dos casos, tanto em homens quanto em mulheres, as pedras são formadas por oxalato de cálcio.
Quando o cálculo se encontra no parênquima (tecido do rim) não costuma apresentar sintomas, mas quando vai para a parte central, onde estão os tubos coletores, ou para os ureteres pode provocar dor de forte intensidade, conhecida como cólica renal, que requer cuidados médicos. Trata-se de uma dor lombar alta, unilateral, pois raramente se manifesta nos dois lados das costas. Diferente da dor crônica, aquela que se instala por dias ou semanas, irradia-se pela região lateral do abdômen, pela pelve e alcança os genitais, à medida que o cálculo progride pelas vias urinárias. "A posição ou o movimento do corpo não influenciam no aparecimento nem na intensidade dessa dor", ressalta Ruimário.
Diagnóstico - As pedras no rim são diagnosticadas pelo padrão e pela localização da dor durante a crise, juntamente com os sintomas associados, como náuseas, vômito e sangue na urina. Os testes para o diagnóstico normalmente incluem exames laboratoriais, Raio-X do abdômen e uma ecografia (ultrassom), que mostrarão a anatomia e a drenagem do trato urinário. Outros testes, como a Urografia Excretora ou Tomografias Computadorizadas, também podem ser indicadas para verificar possíveis complicações causadas pelo cálculo.
Feito o diagnóstico, recomenda-se uma avaliação metabólica, porque a abordagem terapêutica e o prognóstico podem ser diferentes de acordo com o tipo de cálculo.
Tratamento - Nem todos os cálculos urinários requerem tratamento. Pessoas que possuem cálculos sem obstrução ou dano ao sistema urinário podem ficar apenas "em observação". Entretanto, estas pedras podem causar dores severas até que sejam eliminadas pela urina.
Prevenção - Para evitar a formação de novos cálculos, pode-se recorrer a tratamentos com ou sem medicamentos. Se o paciente tiver algum distúrbio metabólico, mudar os hábitos alimentares pode ser a melhor solução. Alguns fatores dietéticos estão relacionados com a maior produção de cálculos renais. "Reduzir a ingestão de sal tem efeito benéfico", destaca o urologista. A mesma coisa acontece com as proteínas: dieta hiperproteica favorece o aparecimento de pedras nos rins. "Todos sabem, mas é sempre bom lembrar que é preciso beber muito líquido, de dois a três litros por dia, o necessário para urinar pelo menos dois litros e evitar a formação das pedras", enfatiza.
Sobre o especialista: Dr. Ruimário Machado Coelho é formado em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), fez residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Heliópolis, em São Paulo (SP), residência médica em Urologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Fellowship em Andrologia e Infertilidade Masculina - Instituto H Ellis / Projeto ALFA, membro ativo da American Society of Andrology (ASA) e membro da International Society for Fertility Preservation (ISFP).
Fonte: Central Press
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