quarta-feira, 25 de setembro de 2013

29/09: Dia Mundial do Coração

Dr. Luiz Fernando Kubrusly


Avaliações personalizadas são mais eficazes na prevenção de problemas cardiológicos

O Dia Mundial do Coração, celebrado anualmente no último domingo de setembro (no próximo dia 29, portanto), tem como objetivo alertar a população para a prevenção de problemas cardiológicos e reduzir o número de óbitos causados por cardiopatias. O primeiro passo para minimizar essas ocorrências é realizar um checkup - avaliação médica para prevenir e diagnosticar doenças. O ideal é que seja feito a partir dos 35 anos, ou antes, dependendo do histórico familiar, mesmo que o paciente não apresente sintomas. O método é uma forma de detectar algo, principalmente doenças ligadas ao coração, pois são consideradas pelos médicos como silenciosas e assintomáticas.

De acordo com o cirurgião cardiovascular e diretor médico do Hospital VITA, Luiz Fernando Kubrusly, alguns exames são fundamentais. "Medir a pressão arterial com frequência e avaliar a dosagem de colesterol, por meio de exame de sangue, é essencial", alerta. Na maior parte das vezes, tanto a hipertensão quanto o colesterol não apresentam nenhum sintoma e muitas pessoas nem sabem que possuem algum problema. "Por isso é tão importante realizar exames anualmente ", reforça.

Outro ponto importante no controle das doenças que atingem o coração e causam riscos à saúde da população é a idade. Segundo Kubrusly, é primordial que cada faixa etária passe por uma bateria de exames individualizada. "Normalmente, uma pessoa com 35 anos de idade pratica atividades físicas diferentes das realizadas por uma pessoa de 80 anos. Por isso, os mais jovens estão mais suscetíveis ao risco de morte súbita, na maioria dos casos durante a prática de atividade física", destaca.

De acordo com Kubrusly, a história clínica da pessoa e o eletrocardiograma são muito úteis, mas incapazes de descobrir a doença cardiológica. Por isso, é necessário um diagnóstico mais completo. "Mesmo com indicativos normais, não podemos excluir a hipótese de um problema e deixar o indivíduo praticar atividades mais intensas. O coração, diferentemente de outros órgãos, pode alcançar cinco ou sete vezes seu consumo de oxigênio nos picos de exercício. Isso é suficiente para que pequenos problemas em estado de repouso transformem-se em risco imediato de vida nos momentos de exercício muito intenso", explica.

Estimativas alarmantes - Segundo estatística da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2040 o Brasil será o primeiro país do mundo em número de mortes por doenças cardiovasculares. Já para este ano, de acordo com estimativa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o número de mortes deve chegar a 344 mil.

Prevenção é o melhor remédio - Segundo Kubrusly, 80% dos ataques cardíacos e infartos prematuros podem ser evitados com a prevenção. Tabagismo, obesidade, hipertensão arterial, níveis de colesterol elevados e sedentarismo são os principais fatores que colocam em risco a saúde cardíaca.

Para evitar problemas que afetam o coração, como infarto, hipertensão e derrame, o especialista recomenda a prática regular de atividades físicas. Realizadas 180 minutos por semana, divididas da forma que mais se adapte às necessidades da vida de cada um, os exercícios podem diminuir em mais de 30% o risco de infarto. Uma dieta balanceada, rica em frutas, fibras e vegetais e com pouca gordura saturada, é essencial. "Essas dicas também valem para o controle do peso, glicose, colesterol e pressão arterial, fatores de risco para as doenças coronarianas", explica Kubrusly.

O médico lembra ainda que, no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de obesidade é maior entre as mulheres que entre os homens. Por isso, as mulheres devem ficar mais atentas às cardiopatias, já que essas doenças estão listadas entre as principais causas de morte feminina. Kubrusly destaca que, para o sexo feminino, detectar ataques do coração pode ser uma tarefa difícil, pois nem sempre o grupo apresenta sintomas claros. "Daí a importância em considerar o histórico médico e familiar, e realizar avaliações individualizadas, pois as pessoas e os casos são distintos", reforça. 

Fonte: Central Press.

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