segunda-feira, 17 de junho de 2013

Coluna Karina Reis - O que era para sempre, já não é mais...


Acabamos de passar pelo dia dos namorados, o que floresceu o romantismo nos mais apaixonados. Confesso, não sou das mais adeptas, até me considero uma pessoa atenciosa, mas meu lado objetivo acaba diminuindo o meu lado mais romântico.
Outro dia participei de um congresso(1), e pude assistir à palestra de um especialista (2) na área de psicoterapia e neurociência no amor, e de lá pude extrair a movimentação orgânica que nosso corpo e mente passa quando encontramos uma paixão.
Ainda não sou especialista da neurociência, mas estudiosa do tema, afinal estamos na era da criatividade, na era em que pensamos e agimos, onde o corpo responde a nossa mente, e nosso cérebro cria nossa mente. Onde nós vivemos na busca de prazer, e na fuga do medo. Sem muitas vezes entender, que será necessário passar pelo medo, pelas abdicações para chegar no máximo prazer. Mas a vida e seu fluxo sofrem altos e baixos, e nossas escolhas são sempre comprometidas em ganhos infinitos, mas também em perdasfinitas. (3)
Quase como uma fórmula matemática, pude concluir da palestra que assisti (1) que a paixão é a soma de – dopamina + serotonina + ocitocina + endorfinas = paixão. E que nosso corpo e mente, podem sim e muito comumente se satisfazer disso tudo. E então, o que era para ser para sempre, simplesmente, e sem se saber – conscientemente como – se acaba.
Claro que como estudiosa do assunto, procurei entender a função dessas substâncias em nosso cérebro. Rapidamente e de forma simples, divido com vocês essa compreensão:
 -Serotonina: regula o humor, o sono e a digestão.(5)
- Dopamina: está ligado as recompensas, promovendo a aproximação.(5)
- Oxitocina: Cuidado e estreitamento com as crianças e carinho e atenção entre homens e mulheres. As mulheres tem mais oxitocina do que os homens. Isso explica a proximidade da mãe com o bebe.(5)
 - Endorfinas: hormônio do prazer.(5)
Mas isso é apenas para começar, pois além dessas substâncias, quando estamos em um relacionamento, através do abraço, do toque, do beijo... nossoorganismo ainda produz diversos outros tipos de neuro – hormônios e substâncias do infinito prazer.
Embora digam que a paixão dura em média 2 anos, é possível fazer a auto regulação desses neuro – hormônios. A boa notícia que isso pode ser estimulado através de hábitos de vida. Esporte, alimentação, criatividade e hobbies são algumas das formas para obter tais sensações que tanto nos fazem bem.
Sabemos que isso não substitui uma bela paixão, tão pouco a crença cega no sentimento que temos quando estamos apaixonados. Mas se você acabou um relacionamento ou está prestes a acabar por sentir que não há mais amor, Calma! Pode ser apenas a ausência da tal fórmula da paixão. Acredito que nesse momento mais do que obter novos hábitos, é olhar para todo o conjunto de características positivas que lhe fizeram assumir um relacionamento. Mas se a escolha for definitiva a neurociência também recomenda o corte de qualquer vinculo com a pessoa, absolutamente deletar ela de sua vida. Seu organismo precisa de um tempo para “desintoxicar” de tais substâncias e permitir que você possa voltar a pensar racionalmente e com menos necessidade do prazer. (4)
ZygmuntBauman, critica a forma efêmera do ser atual amar: Em vez de haver mais pessoas atingindo mais vezes elevados padrões deamor, esses padrões foram baixados. (...)Afinal, a definição romântica de amorcomo “até que a morte nos separe” está decididamente fora de moda(1)

Com tudo isso, se para a paixão existe uma “fórmula”, para amar é necessário tomar uma decisão. Pois príncipes e princesas apenas nos livros das histórias infantis.
           


1– Congresso Brasileiro de Psicoterapia Corporal (www.centroreichiano.com.br); Palestra: Amor, desejo e confiança 2. Esdras Guerreiro Vasconcellos (http://www.bv.fapesp.br/pt/pesquisador/89444/esdras-guerreiro-vasconcellos/)3. Teoria da Aposta – Blaise Pascal – filosofo vivido no século XVII.4. Livro: Pílulas de Neurociência – Suzana Herculano5.http://pt.wikipedia.org/wiki/Neurotransmissor

Grande abraço e até breve
Karina Reis


Sobre Karina Reis:
Atua como Coach e Trainer Comportamental. Especialista em Desenvolvimento Humano ( Coaching, Mentoring, Couseling), tendo formação em trainer comportamental pelo pelo IFT.Reprogramação Mental pelo Instituto Rogério Castilho. É estudiosa do comportamento humano, com formação emAdministraçã de Empresas pela UTP, especialista em Gestão de Negócios.Aromaterapeuta/ Ibra.É Membro da Sociedade Brasileira de Coaching. Possui CertifiedPersonal& Professional e Executive Coaching Coaching pelo Behavioral Coaching Institute /USA. Consultora Comportamento – Etiqueta Pessoal e Profissional – SENAC.Atua há 17 anos no mercado de trabalho, com vasta experiência nas áreas comercial, financeira e bancária. (Editel, Polipetro, GSNBRASIL/PARADOXX, Santander,Funbep).Diretora Fundadora e Executiva da Cannoh Coaching (Cannoh Desenvolvimento Pessoal e Profissional.


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