Acabamos de passar pelo dia dos namorados, o que floresceu
o romantismo nos mais apaixonados. Confesso, não sou das mais adeptas, até me
considero uma pessoa atenciosa, mas meu lado objetivo acaba diminuindo o meu
lado mais romântico.
Outro dia participei de um congresso(1),
e pude assistir à palestra de um especialista (2) na área de psicoterapia e
neurociência no amor, e de lá pude extrair a movimentação orgânica que nosso
corpo e mente passa quando encontramos uma paixão.
Ainda não sou especialista da neurociência, mas estudiosa
do tema, afinal estamos na era da criatividade, na era em que pensamos e
agimos, onde o corpo responde a nossa mente, e nosso cérebro cria nossa mente.
Onde nós vivemos na busca de prazer, e na fuga do medo. Sem muitas vezes
entender, que será necessário passar pelo medo, pelas abdicações para chegar no
máximo prazer. Mas a vida e seu fluxo sofrem altos e baixos, e nossas escolhas
são sempre comprometidas em ganhos infinitos, mas também em perdasfinitas. (3)
Quase como uma fórmula matemática, pude concluir da
palestra que assisti (1) que a paixão é a soma
de – dopamina + serotonina + ocitocina +
endorfinas = paixão. E que nosso corpo e mente, podem sim e muito comumente
se satisfazer disso tudo. E então, o que era para ser para sempre,
simplesmente, e sem se saber – conscientemente como – se acaba.
Claro que como estudiosa do assunto, procurei entender a
função dessas substâncias em nosso cérebro. Rapidamente e de forma simples, divido
com vocês essa compreensão:
-Serotonina: regula
o humor, o sono e a digestão.(5)
- Dopamina: está ligado as recompensas, promovendo a
aproximação.(5)
- Oxitocina: Cuidado e estreitamento com as crianças e
carinho e atenção entre homens e mulheres. As mulheres tem mais oxitocina do
que os homens. Isso explica a proximidade da mãe com o bebe.(5)
- Endorfinas: hormônio
do prazer.(5)
Mas isso é apenas para começar, pois além dessas substâncias,
quando estamos em um relacionamento, através do abraço, do toque, do beijo...
nossoorganismo ainda produz diversos outros tipos de neuro – hormônios e
substâncias do infinito prazer.
Embora digam que a paixão dura em média 2 anos, é possível
fazer a auto regulação desses neuro – hormônios. A boa notícia que isso pode
ser estimulado através de hábitos de vida. Esporte, alimentação, criatividade e
hobbies são algumas das formas para obter tais sensações que tanto nos fazem
bem.
Sabemos que isso não substitui uma bela paixão, tão pouco a
crença cega no sentimento que temos quando estamos apaixonados. Mas se você
acabou um relacionamento ou está prestes a acabar por sentir que não há mais
amor, Calma! Pode ser apenas a ausência da tal fórmula da paixão. Acredito que
nesse momento mais do que obter novos hábitos, é olhar para todo o conjunto de
características positivas que lhe fizeram assumir um relacionamento. Mas se a
escolha for definitiva a neurociência também recomenda o corte de qualquer
vinculo com a pessoa, absolutamente deletar ela de sua
vida. Seu organismo precisa de um tempo para “desintoxicar” de tais substâncias
e permitir que você possa voltar a pensar racionalmente e com menos necessidade
do prazer. (4)
ZygmuntBauman, critica
a forma efêmera do ser atual amar: Em vez de haver mais pessoas atingindo mais
vezes elevados padrões deamor, esses padrões foram baixados. (...)Afinal, a
definição romântica de amorcomo “até que a morte nos separe” está decididamente
fora de moda(1)
Com
tudo isso, se para a paixão existe uma “fórmula”, para amar é necessário tomar
uma decisão. Pois príncipes e princesas apenas nos livros das histórias
infantis.
1– Congresso Brasileiro
de Psicoterapia Corporal (www.centroreichiano.com.br); Palestra: Amor, desejo e confiança 2. Esdras Guerreiro Vasconcellos (http://www.bv.fapesp.br/pt/pesquisador/89444/esdras-guerreiro-vasconcellos/)3. Teoria da Aposta –
Blaise Pascal – filosofo vivido no século XVII.4. Livro: Pílulas de Neurociência – Suzana Herculano5.http://pt.wikipedia.org/wiki/Neurotransmissor
Grande abraço e até breve
Karina
Reis
Sobre Karina Reis:
Atua como Coach e Trainer Comportamental.
Especialista em Desenvolvimento Humano ( Coaching, Mentoring, Couseling), tendo
formação em trainer comportamental pelo pelo IFT.Reprogramação Mental pelo
Instituto Rogério Castilho. É estudiosa do comportamento humano, com formação
emAdministraçã de Empresas pela UTP, especialista em Gestão de Negócios.Aromaterapeuta/
Ibra.É Membro da Sociedade Brasileira de
Coaching. Possui CertifiedPersonal& Professional e Executive Coaching
Coaching pelo Behavioral Coaching Institute /USA. Consultora Comportamento –
Etiqueta Pessoal e Profissional – SENAC.Atua há 17 anos no mercado de trabalho,
com vasta experiência nas áreas comercial, financeira e bancária. (Editel,
Polipetro, GSNBRASIL/PARADOXX, Santander,Funbep).Diretora Fundadora e Executiva
da Cannoh Coaching (Cannoh Desenvolvimento Pessoal e Profissional.
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