Mais de 60 fotos retratam o centro da capital paranaense sob o olhar apurado da fotógrafa
Curitibana de coração, a fotógrafa Vilma Slomp registra em imagens há 33 anos a cidade que a recebeu ainda na infância. Em 1975, assim que comprou sua primeira máquina profissional, a artista descobriu a paixão pela fotografia e, de lá pra cá, mergulhou na capital paranaense para registrar de todos os ângulos a vida do centro da cidade, homenageando-a e evidenciando as profundas modificações sofridas pelo espaço urbano ao longo deste período. As fotos compõem a exposição CURITIBA CENTRAL, com curadoria de Rubens Fernandes Jr., em cartaz na Galeria Niemeyer, no Museu Oscar Niemeyer (MON), de 12 de janeiro a 10 de março de 2013. O trabalho tem como referência o anel central determinado pelo IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), formado pela Avenida Sete de Setembro até a Alameda Augusto Stellfeld, e da Rua Desembargador Motta até a Ubaldino do Amaral.
São 60 fotografias em preto e branco que retratam a cidade desde o final da década de 70 até os dias atuais. As imagens provocam sensações distintas ao observador, como se existissem várias cidades em um mesmo espaço. Para os mais velhos, é uma viagem no tempo e na memória, pois a arquitetura de madeira do século passado que remete à colonização e as modernas construções estão retratadas em detalhes. “Curitiba e eu crescemos e mudamos juntas. Registrei detalhes e construções importantes da história, como o Café Alvorada e o Museu Paranaense. O observador resgata nas fotografias o patrimônio urbano que remete a diferentes épocas da nossa cultura e ajuda a entender a Curitiba central atual”, afirma Vilma.
Para mostrar a vida urbana de uma das principais cidades do país, a artista registrou o ritmo de vida da sua população, suas etnias e peculiaridades, com destaque para a arquitetura central, valorizando o detalhe, o fragmento e as marcas do tempo. “O destaque é a arquitetura curitibana, com seus monumentos, prédios, lojas, igrejas, restaurantes e todas as construções que compõem o centro, cenário das principais transformações urbanas vivenciadas por Curitiba central ao longo destes mais de 30 anos”, explica a artista. Para realizar as imagens, usou equipamentos analógicos e filmes preto e branco.
Ao longo dos anos, Vilma procurou enquadramentos mais desafiantes que revelassem a sua visão da cidade. Nas fotos, aparecem detalhes que muitas vezes passam despercebidos na correria do dia a dia e mostram uma Curitiba de outro ângulo. “Procurei usar as luzes naturais a meu favor e captar registros únicos, mostrando a transformação do centro de Curitiba neste período. As fotos permitem ao observador passear pela cidade e resgatar sua visão da capital”, aponta a fotógrafa.
Vilma Slomp prepara o livro CURITIBA CENTRAL, com cerca de 200 fotografias, que será lançado no começo de março, em comemoração ao aniversário da cidade.
*Este projeto conta com participação e patrocínio do Ministério da Cultura e Volvo do Brasil.
Serviço:
Exposição CURITIBA CENTRAL
Data: 12/01 a 10/03/2013
Local: Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico) / Galeria Niemeyer
Horário: terça a domingo, das 10h às 18h
Ingresso: R$ 4 a inteira e R$ 2 a meia - menores de 12 anos, maiores de 60 anos e grupos pré-agendados de estudantes de escolas públicas, do ensino médio e fundamental, não pagam ingressos
Sobre Vilma Slomp: Vilma Slomp possui acervos em importantes museus nacionais e internacionais, como o Museu Wilfredo Lan, em Havana – Cuba; Worcester Art Museum, em Worcester – EUA; Fogg Art Museum/Harvard University Art Museum, em Cambridge – EUA; International Center of Photography, em New York – EUA; Musée Français dela Photographie, Paris – França; Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro; Museu de Arte de São Paulo, em São Paulo; e Fundação Cultural de Curitiba, em Curitiba. A fotógrafa tem quatro livros publicados: Vísceras em Vice Versa (2006), Ilusão (2001), Dor (1998) e Feliz Natal (1996). Em 1998, Vilma Slomp ficou em 1º lugar nacional e 4º lugar mundial no Prêmio International Hasselblad.
Natural de Paranavaí, é formada em Administração de Empresas pela FESP (Fundação Estudos Sociais do Paraná - 1975) e fez pós-graduação em História da Arte do Século XX na mesma instituição (1999/2000). Estudou pintura, desenho e escultura com Guido Viaro na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e é autodidata em fotografia. Definiu a forma de apresentar seu trabalho refletindo seu pensamento nas artes, política e cultura de sua época, construindo imagens que transitam sua reflexão filosófica da vida, e da natureza à morte, através de elementos como a palavra, poesia, incisões, colagens e recortes. Em 1980 realizou sua primeira exposição, “Foto Mulher”, que reunia 50 retratos femininos.
Fonte: IEME Comunicação - Assessoria de Imprensa.
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