Anualmente gosto de fazer mais de uma formação, curso, encontro ou o que
for para atualizar, adquirir e aprofundar conhecimento. E é muito comum, que
para isso, seja necessário sair de casa, ir para outra cidade e passar mais de
2, 3 dias com outras pessoas, outros hábitos e outras formas de viver.
Pois bem, na última vez em que estive em curso, precisei ficar uma semana
fora de casa, e para isso, precisei organizar minha agenda, minhas finanças, e
toda a dinâmica para poder ficar um período médio longe e desligada da minha
rotina pessoal e profissional.
Natural, diante de tantas outras experiências parecidas, sair de casa,
com certa expectativa gerada em torno do que virá de conhecimento, de
aprendizados, de desafios e, por que não da convivência com outras pessoas.
Mas e quando chega ao local e precisa passar por cima de tudo aquilo do
que está acostumado, e principalmente, de tudo aquilo que espera ter como base
de conforto e privacidade mínimos para aquele período? Para mim que já vivi uma
experiência assim, torna-se necessária uma segunda e inesperada decisão:
conviver e aprender uma nova experiência ou ceder ao que se quer sem se abrir
para novos desafios internos pessoais?
Nunca fui de desistir com facilidades das coisas, mas sempre fui o tipo
de pessoa que procura chegar ao meio termo em que se possa ser bom para ambas
as partes.
Numa lembrança a (1)Maslov que defendeu que todos nós precisamos de
pessoas para podermos conquistar o que queremos na vida, indiferentemente do
que seja e do tamanho da complexidade de nossos objetivos, não conseguiríamos
ir além sem o apoio do outro. Faço então aqui, uma mescla dessa tese com a de
(2) Arquimedes, que defende a mudança de eixo para se obter novos pontos de
vista e com isso novos resultados.
Quando precisei tomar a decisão da convivência, foi exatamente o que
ponderei. Meu maior canal de percepção para isso era: o que estaria de
aprendizado guardado ali, naquela situação em que me senti extremamente
invadida, uma vez que em minha chegada minha colega de quarto, estava
completamente a vontade e tudo o que me restava era uma cama, no cantinho, de
solteiro.
Bem verdade, que diante do primeiro desconforto, decidi ficar e aprender
com o que veria. Mas após a primeira noite, em que precisei dormir, com luz
acesa, televisão ligada, ar condicionado – congelante – ligado a noite toda e
muito frio já que o que tinha de coberta estava com ela, eu estava muitíssimo
inclinada a voltar para o conforto de meus hábitos – que são opostos ao dela –
e sair daquele lugar como num piscar de olhos.
Entregue a toda a técnica que fui aprender, e voltada mais uma vez ao
aprendizado que vinha de tudo isso, optei por permanecer.
Não foi fácil, mas após 7 dias e 8 noites, percebi que quando tive de
deixar o eixo de vivência ao que estou acostumada – parafuso dos hábitos – e me
tornar flexível como a água, e assim ir me adaptando e me interiorizando aos
meus desejos mais profundos como ter uma boa noite de sono, e me abraçar ao
desafio de externar meus desejos básicos de necessidades diárias a uma ser
humano tão diferente a mim, venci. Não, não, não houve mudanças extremas,
apenas ocorreram adaptações extremas da minha parte em prol de conviver – viver
com – tudo tão diferente ao que vivo diariamente.
Essa semana de aprendizado me lembrou um trecho do filme (3) Comer, Rezar
e Amar, quando a (personagem tema) cita sua crença na “Lei Fisica da Procura” ,
que diz o seguinte: Acho que estou conseguindo acreditar em uma coisa que eu chamo de física da procura: a força in natura governada por leis tão
verdadeiras com a lei da gravidade. A regra da física
da procura é mais ou menos assim: se você for corajoso o bastante
pra deixar tudo pra trás que é familiar e cômodo, que pode ser qualquer coisa
desde a sua casa até a amargura de antigos ressentimentos, e planejar uma
viajem de busca verdadeira, tanto externa quanto interna. E se estiver
realmente disposto a considerar tudo o que acontecer com você nessa viajem uma
pista, e se você aceitar todos que encontrar ao longo desse caminho como
professores e se estiver preparada acima de tudo pra entender e perdoar algumas
verdades bem difíceis sobre si mesma, então a
verdade não lhe será negada.
E isso acontece todos os dias de nossas vidas, mas pela correria ou pelo
excesso do agradar ao outro, acaba-se por “engolir” e apenas olhar para o
quanto isso incomoda, muitas vezes, vai se criando atrás de si, uma série de
aprendizados não aproveitados, que vieram travestidos de incômodos maus modos
alheios.
Convido você, nessa nova semana que se inicia a perceber o que há em sua
volta, e o que vem de aprendizado com isso, e o quanto você se torna diferente,
por passar a ter mais opções de funcionamento e aonde isso pode te levar como
ser, Acredite, você pode mais, basta que : SE PERMITA!
1.
Abraham Maslow foi um
psicólogo americano, conhecido pela proposta hierarquia de necessidades de
Maslow.Nascimento: 1 de abril de 1908, Brooklyn, Nova Iorque,
Estados UnidosWikipédia
2.
Arquimedes de Siracusa
foi um matemático, físico, engenheiro, inventor, e astrônomo grego. Embora
poucos detalhes de sua vida sejam conhecidos, são suficientes para que seja
considerado um dos principais cientistas da Antiguidade Clássica. Wikipédia
Nascimento: 287 a.C., Siracusa, Itália
3. Filme : Comer,
Rezar e Amar - http://coisasqsei.wordpress.com/2011/02/24/fisica-da-procura/
Grande abraço e excelente semana .
Karina Reis
Karina
Reis é Trainer Comportamental pelo IFT .Reprogramação Mental pelo Instituto
Rogério Castilho. Especialista em Desenvolvimento Humano ( Coaching, Mentoring,
Couseling), Administração pela UTP, especialista em Gestão de Negócios.Aromaterapeuta/
Ibra.Certified Personal & Professional e Executive Coaching Coachingpelo
Behavioral Coaching Institute /USA.Terapeuta Rebirthing pelo Ibrare.Consultora
Comportamento – Etiqueta Pessoal e Profissional – SENAC.Atua há 17 anos no
mercado de trabalho, com vasta experiência nas áreas comercial, financeira e
bancária. (Editel, Polipetro, GSNBRASIL/PARADOXX, Santander,Funbep).Diretora
Fundadora e Executiva da Cannoh Desenvolvimento Humano. É Membro da Sociedade
Brasileira de Coaching.
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