quinta-feira, 6 de junho de 2013

Meu filho tem diabetes. E agora?


Desafio dos pais é ajudar criança a entender a condição e a importância de aderir ao tratamento

Descobrir que o filho tem diabetes costuma causar um choque nos pais. Dúvidas como: “será que meu filho terá uma vida normal?”, “quais serão as consequências para a saúde?” ou “ele irá precisar tomar injeção de insulina por toda vida?” são algumas das indagações mais comuns. O diabetes já foi considerado uma patologia de difícil tratamento, mas hoje, explica a enfermeira especialista em educação em diabetes da Farmácia Dassette, Leliane Vera Vazquez, existem recursos que tornam a vida do paciente mais fácil. “O diabetes é uma condição crônica, mas que pode ser controlada.”

O diabetes tipo 1 é o mais comum em crianças e adolescentes. “No tipo 1, o pâncreas não produz insulina. Isso acontece porque o sistema imune ataca as células beta, que são  as responsáveis pela produção insulínica”, comenta Leliane.  Já o diabetes tipo 2 pode estar associado ao estilo de vida. Obesidade, sedentarismo e alimentação inadequada podem desencadear a diabetes. É mais comum em adultos, mas também pode acometer crianças e jovens.

Os pais devem ficar atentos a alguns sinais e sintomas que podem indicar a condição. Caso a criança esteja bebendo muita água, urinando com frequência, apresente aumento de apetite e, mesmo assim, esteja perdendo peso, é importante buscar uma avaliação médica. Se o diabetes for diagnosticado, os pais devem manter a calma e ter em mente que a condição não irá diminuir a qualidade de vida do seu filho. “O que irá mudar é que toda a família terá mais responsabilidades, seja em relação à alimentação ou ao tratamento”, explica Leliane.

A especialista ressalta que é importante não tornar o tema um tabu, por isso os pais devem conversar abertamente sobre o diabetes com a criança. “Falar sobre o diabetes é importante, pois saber lidar com essa alteração fará parte da vida da criança. Em alguns momentos basta ela saber que tem excesso de açúcar no sangue e precisa da insulina para viver”, diz a enfermeira. A maneira como os pais encaram a condição também é refletida nas atitudes dos filhos e na aceitação do tratamento. “Se os pais encaram de forma positiva, as chances de que as crianças também o façam são muito maiores. Ter cuidado com as palavras utilizadas é fundamental. Por exemplo: evite os termos ‘boa’ e ‘ruim’ nos resultados das medições de glicemia, pois isso pode ter um reflexo negativo para a criança. Prefira os termos ‘alta, baixa e normal’ evitando, assim, fazer com que a criança se sinta culpada pelo resultado”, aconselha.

Para facilitar o processo de aceitação e mesmo de entendimento do que é o diabetes é importante procurar profissionais especializados. Manter a regularidade no acompanhamento médico e seguir corretamente as orientações é essencial para o sucesso do tratamento proposto. O tratamento para diabetes tipo 1 é feito através da aplicação diária de insulina. Os pais devem aprender a realizar os testes de glicemia, aplicar a insulina e conhecer os cuidados necessários com a alimentação.

Leliane explica que a rotina diária de injeções e também a monitorização da glicose muitas vezes causam maior sofrimento nos pais do que na própria criança. A aplicação da insulina é praticamente indolor, desde que seja feita de forma correta, com base na orientação de um profissional. “Algumas dicas na hora da aplicação e monitorização podem fazer a diferença para os pais e os filhos: sempre deixe tudo preparado para que esse momento seja rápido, tente manter a calma e passar tranquilidade para a criança, pois quanto maior segurança for transmitida, melhor será a aceitação. Parabenize o filho pela coragem na hora do teste e da aplicação da injeção. Esse momento deve ser de carinho e cuidado. Um abraço após o teste ou a aplicação pode ser muito positivo para que esse momento seja mais afetuoso”, sugere Leliane.  

Outro cuidado importante é certificar-se de que todas as pessoas que têm contato com a criança saibam identificar os sintomas de hiperglicemia e hipoglicemia e saibam como agir nessas situações. Isso serve também para o ambiente escolar. Recomenda-se que os pais orientem a escola explicando mais sobre o diabetes e detalhando o que fazer em determinadas situações.

A criança com diabetes também precisará assumir algumas responsabilidades com o tratamento – desde que tenha idade suficiente para isso. “Respeitar horários das refeições, fazer as medições e as aplicações de insulina e carregar alimentos que aumentem rapidamente a glicose em casos de hipoglicemia são atitudes que pouco a pouco devem ser incorporadas às responsabilidades da criança. Dessa forma, ela irá crescer sabendo administrar sua condição.”

Sobre a Farmácia Dassette
A Farmácia Dassette, de Curitiba, é especializada em diabetes e tem 20 anos de experiência no mercado. A empresa administra, ainda, o site Diabetes Service, voltado para o paciente com diabetes e que realiza entregas para todo o país. Desde 2011 oferece o Programa de Educação Dassette, que realiza atendimento gratuito aos seus clientes com o objetivo de estimular o autocuidado, além de realizar ações educativas e preventivas.   

Fonte: Literato Comunicação e Conteúdo.

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